Esta é a Eritropoietina, ou EPO, em uma visão 3D de sua estrutura molecular:
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A EPO é usada há muitos anos para combater a anemia grave em situações especiais, como pacientes com insuficiência renal ou com câncer. Alguns a utilizam para corrigir a anemia do bebê prematuro nos primeiros dias/semanas de vida. E recentemente, ela estava nos noticiários já que atletas de ponta estavam usando esta substância como "doping", para aumentar o número de células vermelhas e favorecer a oxigenação dos músculos, diminuindo os efeitos da fadiga no exercício físico, tanto de explosão (100 metros rasos) como de resistência (ciclismo/maratona).
Há pouco mis de 15 anos, começaram a surgir evidências, reunidas de pesquisas independentes, de que a EPO teria uma função interessantíssima: um efeito protetor, anti-inflamatório, quando usada em altas doses, sobre o sistema nervoso. O interesse em tais propriedades foi imediato, considerando o número grande de casos de derrame cerebral (AVC), doenças infecciosas do sistema nervoso central, e casos de asfixia perinatal (falta de oxigenação adequada provocando lesão no cerébro do recém-nascido). Neste último caso, o sofrimento dos pais e da criança é grande... O cérebro do recém-nascido é muito sensível, e pequenas injúrias podem trazer graves consequências. Os pais aguardavam 9 meses por um bebê saudável e devido a um problema de saúde, terão que aprender a lidar com o sofrimento de uma criança com paralisia cerebral ou surdez, cegueira, retardo mental ou mesmo problemas comportamentais/psicológicos.
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A idéia dos pesquisadores é que a eritropoietina, quando administrada diretamente no sistema nervoso central, seja via coluna(injeção no espaço raquimedular) ou diretamente no cérebro(com uma punção no ventrículo cerebral, através da fontanela ou "moleira"), ela poderia parar ou mesmo reverter os efeitos negativos da inflamação que se instala nas primeiras horas após uma asfixia neonatal.
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Já existem vários estudos com cobaias; Os resultados conseguidos são excelentes, e o efeito neuroprotetor da eritropoietina já está mais que estabelecido em animais recém-nascidos que sofreram asfixia perinatal.
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Esta é a Dra. Sandra Elizabeth Juul. Ela e seu grupo de pesquisadores comandam em Seattle, nos Estados Unidos, uma importante e promissora pesquisa sobre os efeitos neuroprotetores da eritropoietina no sistema nervoso central dos recém-nascidos.
O passo atual é conduzir o estudo em humanos.
Vamos torcer por bons resultados, ok?
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