27 março 2006

Leozinho El Muambeiro

Hoje foi dia de muambar.

Começou com a mangueira de saída de água da máquina de lavar - comprei uma genérica e fiz uma instalação "McGuyver" - ficou perfeito! Lembrei muito do meu pai; quando morávamos juntos, ele fazia de tudo um pouco na casa: eletricista, marceneiro, jardineiro, encanador, pintor, engenheiro, arquiteto, pedreiro, etc. Só não dava uma de decorador porque não era gay e minha mãe nunca dava espaço mesmo... Quem arrumava a casa era ela...

Voltando para as muambas... Encomendas do povo que mora longe, pernas pra que te quero, Bentô no almoço, Stand Center - reaberto... e FNAC Paulista.
Compras pro meu pai (equipando o seu tão esperado notebook - foi um parto!!!), pra agoniada da Aline e algumas esticadinhas de olho em jogos, dvds e livros novos. Pra variar, esqueci de comprar o termômetro que tanto estou precisando (há meses)...

Ah, também gastei o dedo no telefone atrás de alugar apartamento. Tá quase... Vi umas boas opções... Não tão baratas quanto eu gostaria, mas já bem melhores que o apê que estamos hoje, pagando uma facada!!!

Agora deixa eu ir que tenho plantão as 19h no Jaraguá...

* Lennon is drowning in debts *

26 março 2006

encanto | substantivo masculino

1ª pessoa do singular
presente do indicativo de encantar

encanto
subst. masc.,
encantamento;
coisa ou pessoa que cativa;
feitiço;
magia;
maravilha;
(no plural) atractivos.

* Lennon is singing Eagle Eye Cherry: "I'm falling in love again..." - with all of his lungs!!! *

17 março 2006

Aniversário do MEU AMOR!!!

Porque hoje é aniversário de um dos grandes amores da minha vida... 17 de Março, aniversário da cidade de ARACAJU...











* Lennon is dreaming about crabs and peanuts and beer *

Going Going Gone - The Posies



Música da Trilha Sonora do Filme Reality Bites...
Posies, uma bandinha perdida nos anos 90, que vale MUITO a pena conhecer...

Going Going Gone - The Posies


When the words that you call your own
Have a very very foreign tone
And you feel like you're alone
And the message that you didn't mean
Stops a dirty mouth from coming clean
And the right to be obscene

Well I don't think I'm getting nowhere
Someone somewhere undestands
Nearly missing all my marbles
This is not a perfect plan

And it won't be very long
Til I'm going going gone
And is there really something wrong with me?

And if you hide in the meadow maze
You'll look back on apathetic days
And you'll feel like mayonaise
Amd the faces that you call your friends
Are expecting you to make amends
Well I guess it all depends

And it won't be very long
Til I'm going going gone
Yeah it won't be very long
Til I'm going going gone
And is there really something wrong with me now?

Where is all the healthful breathing
I'm not leaving until I know
Waiting for the resolution
I can't seem to let it go
And it won't be very long
She is ? on dry September
Mr. Member crying ?
I don't meant to change the subject
I just want to shut it out, shut it out, shut it out

And it won't be very long
Til I'm going going gone
Yeah it won't be very long
Til I'm going going gone
And is there really something wrong with me now?



:)

16 março 2006

O AMOR segundo Lacan: "Ofereço-lhe o que não tenho e que você não quer e não me pede"

Maravilhoso o texto de hoje do Contardo Calligaris na Folha de São Paulo. Fiquei curioso pra ver o filme. Mas me identifiquei muito com as idéias sobre as faces do amor... e seus momentos... e seus personagens...


CONTARDO CALLIGARIS
"Mentiras Sinceras"

Espero que "Mentiras Sinceras", de Julian Fellowes, continue em cartaz e que os amantes e os amados (casados ou não, heterossexuais ou homossexuais, tanto faz) tenham o tempo de assistir ao filme, em massa.

O título original é "Separate Lies", mentiras separadas, mas gostei da tradução brasileira. "Mentiras Sinceras" evoca o estranho balé de verdade e mentira em todo triângulo amoroso: "Minto quando escondo minha paixão por outro ou por outra? Ou, então, a verdadeira mentira é o casamento que vivo e a insatisfação que escondo?".

Ser sempre sincero não é fácil. No filme, Anne (Emily Watson) tenta ser sincera com o marido, James (Tom Wilkinson), e também com seu próprio desejo. Mas a verdade não é simples: Anne, por exemplo, não sabe bem o que a joga nos braços de William (Rupert Everett), seu amante. Quando explica ao marido o que lhe acontece, ela não invoca o amor ou a paixão; apenas consegue dizer que não sabe renunciar a William porque os encontros com ele são "easy", fáceis: o amante não lhe pede nada ou quase.

Talvez a maioria dos relacionamentos amorosos adoeçam e morram por causa disto: não porque o parceiro deixou crescer uma barriga displicente nem porque a gente estaria cansado da mesmice e a fim de novidades, mas porque, ao vivermos juntos, aos poucos, perdemos a generosidade. E a generosidade é (ou, melhor, deveria ser) o próprio do amor; ela está quase sempre presente, aliás, quando a gente se apaixona. Explico.

O amor que nasce idealiza o amado, mas essa idealização é contemplativa, não é normativa. Ou seja, pedimos, eventualmente, que o amado ou a amada estejam perto de nós, mas não que mudem e ainda menos que renunciem a serem quem eles são.
Claro, enxergamos neles algo que eles podem não ser, mas o encanto amoroso é justamente esse engano: "Seja como você é, pois é assim que descubro em você tudo o que quero, mesmo que talvez você não seja nada disso". Em suma, o amor, inicialmente, é respeitoso. Se você não é bem o que vejo em você, o engano é meu; amar consiste em querer e saber continuar se enganando.

As coisas mudam quando começamos a medir a distância entre o ser amado e o ideal que lhe penduramos nas costas. De repente, o engano nos parece ser uma artimanha do outro; é ele que deveria se emendar para voltar a ser o ideal que inspirava nosso amor.

O encanto do começo se transforma, assim, numa lista inesgotável de pequenas ou grandes exigências. Tudo o que pedimos ao ser amado (que ele ganhe mais, que seja simpático com nossos amigos, que nos acolha com um sorriso, que pare de roncar no nosso ouvido, que leia Goethe em alemão, que não coma com as mãos, que não caminhe na nossa frente na rua, que esteja em casa na hora certa) é apenas um derivativo. O que queremos é a volta do que nós mesmos perdemos: o encanto pelo qual enxergávamos nosso ideal no ser amado. Esse encanto impunha o respeito, ou seja, permitia que deixássemos o amado e a amada serem, simplesmente, eles mesmos.

A trama de "Mentiras Sinceras" é a de sempre quando, num casal, um dos dois se interessa por um terceiro. Anne ama James e James ama Anne. Mas Anne encontra William, que não tem nada de especial, mas é "easy", e ela quer viver esse amor. James sofre. Anne também sofre. Não se sabe bem como a história de Anne e James terminará (minha hipótese é que o casal resistirá).

A história acontece numa sólida burguesia (ou mesmo aristocracia) inglesa, em que a dificuldade do triângulo amoroso não é parasitada por problemas financeiros ("Se nos separarmos, quem ficará com o quê?"). Anne e James não têm filhos e não devem se preocupar com os efeitos de seus atos e sentimentos nas crianças ("Como ficarão? O que pensarão? Quanto anos de análise tudo isso lhes custará?"). O triângulo amoroso, em suma, é reduzido ao essencial.

É também graças a essa redução ao essencial que o filme pode oferecer uma extraordinária lição de amor. Anne é exemplar por ela não saber as razões de seu amor por William e por continuar amando James. James é exemplar porque sofre, mas trabalha com afinco para evitar transformar seu sofrimento em mais uma cobrança ciumenta. Ao contrário, James se serve da ocasião para reinventar sua capacidade de amar Anne com a generosidade e o respeito do amor que nasce, ou seja, sem lhe pedir que ela seja diferente do que ela é.

A lição que James aprende (e nós com ele) é que o amor, quando não é atravessado e deformado pelas piores exigências neuróticas e narcisistas, confere ao amante um dever para com o amado, mas nenhum direito sobre ele.
Jacques Lacan, um grande psicanalista francês, disse mais de uma vez (a primeira foi, talvez, em seu seminário de 56/57) que o maior sinal de amor é (deveria ser?) o dom do que a gente não tem. Algo assim: "Ofereço-lhe o que não tenho e que você não quer e não me pede". Seja qual for nossa interpretação desse aforismo, ele é certamente o oposto da miséria amorosa ordinária, em que amar significa pedir ao outro o que a gente quer. Ou, pior ainda, pedir-lhe aquela "coisa" de que a gente precisa.

Pra quem interessar possa, o e-mail do Contardo Calligaris é ccaligari@uol.com.br Ele escreve às quintas no caderno Ilustrada da Folha de São Paulo.

O filme é esse aqui ó...


* Lennon waits patiently for love to knock on his door... *

15 março 2006

Lição do dia...

" O homem não pára de se divertir porque vica velho; Mas fica velho muito rápido quando pára de se divertir..."


10 março 2006

Match Point

"There are no little secrets"

Pq diabos o Woody Allen mudou tanto de estilo? Assistam...

Este filme delicioso, com a deliciosa Scarlet Johansson, é uma parábola para a importância da sorte nas nossas vidas... O acaso muitas vezes nos favorece, e nem sempre aproveitamos. Quando o fazemos, podemos nos exceder e correr sérios riscos. Ou podemos nos acostumar tanto com as benesses do acaso que esquecemos de trabalhar para mantê-las. E assim elas vêm a ruir ou murchar, tanto lenta quanto subitamente, e a nossa vida pode dar uma guinada de 180 graus em direção à borda da prancha sobre um mar cheio de tubarões famintos...



Isso vale para as coisas materiais e também para as humanas - amizades, família, amor, sexo...

Allen joga seus personagens - magistralmente interpretados por elenco afinado - numa londres aristocrática, mostrando os valores humanos sendo levados ao extremo pelo acaso que se move ora a favor, ora contra... Do pudor à luxúria, da humildade à soberba, do amor ao ódio, da amizade à traição, do carinho à obsessão. E os segredos. Ah, os segredos!!! O acaso ri dos nossos segredos e nos põe em risco a todo instante, não importa que estratagema diabólico tenhamos imaginado para proteger os nossos segredinhos. Não há segredos pequenos, é o subtítulo do filme.

O final pontua com reticências uma história interessante. Com reticências pois, com a nítida sensação de ter escutado um parabóla, o espectador mais atento não se furtará a transportar as emoções vividas pela personagem para seu cotidiano, para seu universo particular de valores e relacionamentos. O mesmo vale para os inúmeros "e se...?" que somos compelidos a levantar ao longo do filme.

A moral da história: reavalie o valor que vc dá ao acaso - ao que ele pode te proporcionar e ao que já proporcionou de bom.

E eu não poderia pontuar meu final de outra forma se não com reticências...

Classic Rock !!!

Já tinha um tempão que eu não sintonizava a Kiss FM. Hoje, voltando do trabalho, fui presenteado com um sequência fenomenal:
Red Hot Chili Peppers + INXS + AC/DC + Jimi Hendrix + Led Zeppelin + Eric Clapton + America + Beatles + Queen + Stones + Jefferson Airplane + Clash!!!



Apesar da chuva LOUCA que caiu em sampa hoje, fiz a melhor viagem de volta pra casa dos ultimos tempos...

I Love Classic Rock...

* Lennon is being cheated on by the big blondie groupie... *

06 março 2006

Botando a Casa em Ordem...

# Há mais de 15 dias não posto. Na verdade, desde o show do U2 - 20/02.
Como não vou - nem posso - fazer retrospectivas, deixa só eu fazer um breve relato dos fatos até hoje...
-- SHOW DO U2 - maravilhoso.
-- Semana pré carnaval - doente demais.
-- Carnaval - descanso, convalescença, estou velho demais pra isso. Fui e não fui pra Olinda.
-- Retorno pra casa - overbooking da TAM, teco-teco da Ocean Air, Carangueijo em AJU, May in March, that's amore...
-- Finalmente 2006 começa... E eu estraçalho meu tornozelo com uma pancada na cama - e o pior, sozinho!!! Não torceu, nem quebrou, mas tou com um baita hematoma infiltrando a articulação, e uma dorzinha chata...
-- Volta ao trabalho... O que é a Grazi, hein? PELOAMORDEDEUS...
-- Quero mais um emprego rápido... pq cada vez tem mais mês no fim do dinheiro...
-- 3 dias de sampa e a depressão já ronda...

* Lennon needs therapy... *